Pacientes e métodos
Pacientes
Foram incluídos na análise os pacientes consecutivos com AAG que receberam ATG de coelho/CsA entre agosto de 1996 e junho de 2011 no Instituto da Criança da Universidade de São Paulo, em São Paulo. Devido à indisponibilidade de ATG de cavalo em nosso instituto e no Brasil desde 2007, a ATG de coelho se tornou a terapia imunossupressora padrão para pacientes com AAG sem um irmão doador HLA idêntico. Todos os pacientes atenderam aos critérios de AAG, conforme definidos por uma celularidade da medula óssea inferior a 30% e pancitopenia grave com pelo menos dois dos seguintes critérios de contagem no sangue periférico: (1) contagem absoluta de neutrófilos (CAN) < 0,5 x 109/L; (2) contagem absoluta de reticulócitos (CAR) < 60 x 109/L; contagem de plaquetas < 20 x 109/L.27 Os critérios de exclusão foram: (1) anomalia citogenética; (2) morfologia da medula óssea compatível com mielodisplasia; e (3) diagnóstico de anemia de Fanconi. A biópsia e a aspiração da medula óssea, incluindo a citogenética, foram realizadas antes de iniciar a terapia. A anemia de Fanconi foi excluída devido à ausência de alterações cromossômicas após a exposição in vitro de linfócitos ao diepoxibutano (teste DEB). Os pacientes foram hospitalizados para administração da ATG de coelho e receberam alta quando o quadro clínico se tornou estável, geralmente em cerca de três semanas. O comitê de ética médica local aprovou este estudo, e os dados foram obtidos de registros relevantes por escrito e computadorizados.